30 de dezembro de 2009

ETANOL: LOGÍSTICA PROVOCA DESABASTECIMENTO EM CAMPINAS

São Paulo, 29 - Problemas de logística das distribuidoras de combustíveis estão fazendo com que postos de combustíveis da região de Campinas e Sorocaba, cidades do interior do Estado de São Paulo, registrem desabastecimento de etanol por períodos curtos de tempo. Em cidades como Campinas, Jundiaí, Indaiatuba e Sorocaba, alguns postos já ficaram sem etanol combustível pelo menos por um dia.
O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, disse que um eventual desabastecimento de etanol pode ser explicado pelo fato de que a região Centro-Sul está na entressafra da produção de etanol. "Neste período, a venda de etanol fica concentrada em apenas algumas usinas, o que dificulta a logística de abastecimento de alguns postos porque há uma fila de embarque, o que atrasa o processo", informa Vaz, que ainda não havia sido informado sobre a falta de etanol no interior paulista. Segundo ele, se houver o desabastecimento, ele é localizado e será rapidamente sanado.
Para o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio Pádua Rodrigues, existe etanol suficiente para abastecimento do consumo. "Se houver desabastecimento, é um problema das distribuidoras. As usinas se prepararam para oferecer produto suficiente para o abastecimento", disse.
Segundo ele, o que existe é um problema de preço, que está tornando o etanol menos competitivo. Pádua explica que, nos últimos dias, as distribuidoras até reduziram suas compras nas usinas. "Existem falhas nos processos de abastecimento das distribuidoras que precisam ser corrigidos", explica.
Uma dessas falhas, segundo fontes do setor, é de que algumas distribuidoras compram combustíveis de outras distribuidoras menores, conhecidas como emergentes. Se estas emergentes possuem problemas para se abastecer nas usinas ou calcula mal o volume de combustível a ser comprado, ela acaba afetando toda a cadeia.




Disponível: ig.com

13 de dezembro de 2009

Demanda por condomínios logísticos cresce até 40%

SÃO PAULO - Empresas de incorporação e administração de condomínios logísticos reportam crescimento de até 40% nas consultas por novos espaços e voltam a captar investimentos para projetos, tanto de caráter especulativo, como projetos feito sob encomenda, de olho na retomada do setor de logística e nos planos de expansão da indústria e varejo.

A companhia americana Hines, que representa no Brasil o fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia, um dos maiores do segmento no mundo, é uma das que estão ampliando a oferta de condomínios logísticos no País, com a entrega de três novos empreendimentos nos próximos dois meses, que totalizam 300 mil metros quadrados, em Manaus (AM), Cajamar (SP) e Belford Roxo (RJ). Nos últimos dois anos, a empresa ampliou seu portfólio no segmento de 300 mil a 1 milhão de metros quadrados. "Em 2010, continuaremos a investir em galpões logísticos e já temos investidores interessados", diz Eduardo Litterio, vice-presidente da Hines no País.

A alta demanda para locação nos imóveis já existentes é um dos sinais do aquecimento do mercado. "Menos de 5% do nosso portfólio está vago", aponta, embora ressalte que este ano o desempenho não foi tão bom quanto o do ano passado, quando a empresa alugou um total de 290 mil metros quadrados. Este ano, por conta crise, alugou menos, 110 mil m², mas já começa a sentir uma recuperação. "Começamos a sentir uma melhora a partir de maio", comentou. Entre os inquilinos dos imóveis da empresa, estão empresas como a DHL, Unilever, Adidas, Carrefour, Walmart, Ceva Logística, entre outros.

A Cyrela Commercial Properties, que acaba de anunciar Rafael Novellino na presidência, após a saída de Bruno Laskowsky, é outro exemplo da recuperação do segmento. No último trimestre a companhia zerou a sua taxa de vacância com a locação de 27,4 mil metros quadrados que ainda estavam vagos e aumentou o valor de locação de R$ 15,10 por m² para R$ 18.

Atualmente, a companhia está investindo R$ 90 milhões na construção de um galpão industrial na Dutra.

Na Região Sul do País, a Capital Realty também anuncia investimentos no Rio Grande do Sul e no Paraná. "Em 2010, esperamos crescer mais. Este ano teve um primeiro semestre meio parado. Estimamos algo em torno de 30%", avalia Rodrigo Demeterco, diretor da Capital Realty.

A empresa acaba de fechar contratos de locação com a Standard Logística e Iron Mountain em seu condomínio de Esteio, localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre e já investe para atender a demanda crescente na região. "Ampliaremos o imóvel em 13 mil metros quadrados, com investimento de R$ 15 milhões", conta.



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