31 de outubro de 2009

F-1 É O TERCEIRO ESPORTE MAIS LUCRATIVO

Por Época Negócios

Uma pesquisa feita pela empresa de consultoria Delloite aponta que a Fórmula 1 é o terceiro esporte mais lucrativo do mundo e o primeiro se o critério for lucro por evento. De acordo os números, apenas a Liga Profissional de Futebol Americano (NFL) e a Liga Americana de Beisebol (Major League) geram mais lucro do que a categoria mais importante do automobilismo mundial.

A Fórmula 1, porém, gera em média US$ 217 milhões (R$ 390,6 milhões) de lucro por evento, ou seja, fim de semana de corrida. Neste caso, supera de longe a NFL, com US$ 24 milhões (R$ 43,2 mi) por jogo, e a Premier League, campeonato inglês de futebol, com US$ 8 milhões (R$ 14, 4 milhões). Além disso, a última corrida da temporada de 2007, o GP do Brasil, foi o segundo evento esportivo mais assistido no ano que passou, perdendo apenas para a final do Superbowl.

Estima-se que o total de lucros obtidos pela F-1 em 2007 tenha batido na casa dos 3,9 bilhões de dólares (R$ 7,02 bilhões), ou US$ 350 milhões (R$ 630 mi) a mais do que em 2006.

CONSTRUÇÃO DA PONTE RIO - NITERÓI EM 1973/74


Abaixo uma das importantes obras para a logística no mundo.
Por: José Augusto Valente
Fonte: http://logisticaetransportes.blogspot.com/2009/06/ponte-rio-niteroi-fotos-da-construcao.html







Veja depoimento no blog do autor: http://logisticaetransportes.blogspot.com/2009/06/ponte-rio-niteroi-fotos-da-construcao.html

30 de outubro de 2009

A NOVA FASE DA LOGÍSTICA NO BRASIL

Até este momento a industria brasileira, vinha crescendo sobre capacidade ociosa atingindo em Agosto índices considerados perigosos de 83% de utilização da capacidade instalada, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), obrigando os empresários a investimento na ampliação da capacidade produtiva buscando evitar o desabastecimento para os anos de 2005 e 2006, para tanto, é mandatário que tenhamos juros mais baixos e que seja abordado de forma estruturada nossos atuais gargalos.

O empresariado brasileiro vem trabalhando na ultima década de forma obstinada em tornar seus produtos competitivos internacionalmente na esfera tecnológica, ou seja, produzindo com grande qualidade e com preços atrativos no mercado global de manufaturados, porem, agora esta percebendo que simplesmente não é o suficiente ser competitivo da porta para dentro da sua empresa, estão perdendo competitividade justamente no custo logístico, ou seja, da porta para fora de sua empresas, que ficam mais de 40% superior aos praticados na Europa e EUA em alguns casos.

O modelo logístico do Brasil esta essencialmente e excessivamente focado no modal rodoviário, representando até 65% de todo o volume transportado, alem de ser o segundo modal mais caro perdendo somente para o aéreo. Este custo é agravado, ainda, pelo precário estado de conservação das estradas, principalmente no nordeste e norte do pais, considerando uma frota de veículos com mais de 15 anos de uso. No sudeste e sul somos privilegiados por termos estradas privatizadas que de uma forma cara oferece um excelente serviço, mas estruturalmente falando, precisamos de investimentos estratégicos em infra-estrutura, começando por espaço para armazenagem e passando por todos os modais principalmente o ferroviário e hidroviário que são alternativas muito econômicas e de grande segurança para a realidade brasileira, sem mencionar, que são modais mais do que testados em outros paises. O problema é quem irá fazer este investimento, já que, o poder público não tem verbas destinadas para a infraestrutura logística e os valores são astronômicos.A grande duvida é que se o Brasil mantiver um crescimento do PIB na ordem de 3% a 4% para os próximos dois anos não teremos como escoar a produção nacional de forma competitiva. Quando se fala de sistema logístico é importante que este seja harmonioso, ou seja, que todos os estados tenham boa infra-estrutura, afinal precisamos colocar nosso produto do Oiapoque ao Chuí.
A grande oportunidade do "crescimento sustentável" esta justamente em planejar estrategicamente como faremos (produzir e escoar) este crescimento, e como poderemos sustentá-lo em termos estruturais (inclusive energia) caso contrario, estaremos fadados a surpresas, como a crise de 2001 (apagão).

Atualmente, alguns setores da industria nacional que vem se destacando no crescimento das exportações estão seriamente ameaçados a não sustentar tal performance para os próximos anos, em função dos atrasos de embarque nos portos brasileiros que estão engargalados por falta de navios e containeres, criando uma percepção no exterior de um fornecedor com boa qualidade, bons preços, mas péssimo serviço em virtude dos atrasos de entrega. Sem falar em problemas mais básicos como, a industria de carrocerias e caminhões só estar aceitando pedidos para o ano de 2005, pois a produção já esta comprometida integralmente neste ano, gerando uma previsão de falta de caminhões para o final do ano em função das vendas de Natal que começam a movimentar o mercado a partir de Outubro.
Alem da questão estrutural temos ainda um grande percurso a ser trilhado na integração das cadeias de suprimentos entre fornecedores, industria e varejo que ainda estão muito focados em discutir o custo e não as oportunidades, pois, para tanto, teriam que desenvolver cadeias colaborativas de suprimento dividindo de forma franca informações e buscando juntos as oportunidades.

Fonte: Carlos Roberto Menchik - Gerente Nacional de Logística da Cia.Azaléia Calçados

29 de outubro de 2009

Não existe um caminho único para uma cadeia de abastecimento eficiente

A pergunta mais freqüente que os executivos de Supply Chain fazem é: qual a solução para se ter uma cadeia de abastecimento eficiente, com o balanceamento correto entre o serviço desejado e os custos? Os gestores normalmente tendem a focar as ações em suas áreas de expertise, em detrimento daquelas que poderiam trazer maior impacto para a estratégia de negócios. Mas qual seria a solução ideal? Vamos a análise de algumas alternativas:
Sinergias e ganhos de escala - montar uma estrutura logística que permita sinergias e ganhos de escala, operando de maneira otimizada em função da característica física dos produtos e serviços oferecidos, respeitando os requisitos de entrega dos clientes e a disponibilidade dos modais de transportes, reduzindo custos e aumentando o nível de serviço a clientes.
Aumento na disponibilidade dos insumos - definir uma estratégia de suprimentos que leve em conta a disponibilidade dos insumos produtivos ou de suporte, a quantidade de fornecedores habilitados e qualificados e a criticidade dos materiais envolvidos, respeito aos prazos do ciclo operacional e aos padrões de qualidade estipulados pelas áreas de desenvolvimento técnico. Além de diminuir as rupturas no atendimento dos pedidos temos potenciais economias no custo de produtos e serviços.
Adequação da demanda - alinhar a demanda da equipe comercial com as restrições da cadeia produtiva, atentando para a capacidade de reação operacional às oscilações de mercado, sazonalidade e o conjunto de atividades promocionais que alteram a curva regular de participação do produto ou serviço no seu ambiente mercadológico.
Troca de informações com parceiros - garantir resposta rápida e qualificada às oportunidades de ocupação de espaço no mercado de atuação em função do aumento da previsibilidade e confiabilidade nas relações de fornecimento entre os parceiros comerciais, com benefícios concretos no abastecimento, redução de estoques e rupturas por um planejamento inadequado.
Revisão de unidades operacionais - rever a malha de distribuição e a localização das unidades fabris em um país com as dimensões territoriais do Brasil é fundamental, podendo ocasionar ganhos com fretes de transferência e entregas e potenciais economias com tributos.
Apropriação de benefícios tributários - além de se apropriar dos benefícios existentes, considerar novas alternativas de isenção ou postergação no pagamento de tributos. As autoridades são normalmente sensíveis a propostas de concessão de incentivos fiscais pela abertura de operações em suas regiões de atuação, com geração de novos postos de trabalho e aumento do volume financeiro local.

Qual das alternativas acima é a melhor? Todas as mencionadas, além de outras que certamente irão surgir num processo contínuo de melhoria na cadeia, são válidas e devem ser perseguidas.
A prioridade a ser definida num processo de criação de uma cadeia de abastecimento eficiente e alinhada com objetivos estratégicos vai depender de uma série de fatores, tais como:
• Impacto nos resultados financeiros;
• Disponibilidade de recursos para executar os projetos em cada área de oportunidade;
• Capacitação interna para gestão de cada um dos processos da cadeia;
• Nível de sofisticação tecnológica e organizacional dos parceiros;
• Movimentação dos concorrentes e do mercado de atuação;
• Atendimento a exigências de parceiros dominantes na relação comercial;
• Fatores externos, como mudanças nos cenário econômico ou político na área de atuação da organização.
Um questionamento fundamental é: como evoluir na direção correta em um cenário de transformações constantes e velocidade de inovações crescente? Não podemos esquecer que a gestão da cadeia de abastecimento é um processo de prestação de serviço às áreas de geração de demanda, que tem uma expectativa normalmente alta em relação ao suporte prestado pelas áreas de retaguarda.

Fonte:carlos.montagner@uol.com.br
http://www.aslog.org.br/exibe_noticia.php?not=MjM3

OS CAMINHOS DA LOGÍSTICA

Coordenar precisão, custo, praticidade, segurança, interesse público e ações privadas num país de dimensões continentais como o Brasil aproxima os especialistas em logística dos magos. Apesar das conhecidas e reconhecidas mazelas da infra- estrutura brasileira, sem fôlego financeiro para acompanhar as grandes carências do País, o transporte de cargas está mais eficiente. Os operadores da atividade, todos privados, respondem aos desafios que se impõem à movimentação das riquezas produzidas. A privatização é uma explicação, mas não a única. Uma justificativa plausível, na aparente contradição do transporte mais eficaz apesar de estradas, ferrovias e portos continuarem em condições tão desfavoráveis, está no surgimento da logística, definida e identificada como uma das últimas fronteiras para a redução de custos.Uma prova disso é que o transporte tem crescido sistematicamente menos que o Produto Interno Bruto (PIB). Em 1999, por exemplo, a participação do transporte no conjunto de riquezas do País era de 2,8%. Em 2004, caiu para 2,2%. Se a análise recuar mais no tempo, para 1990, por exemplo, vê-se que naquela época o transporte tinha uma participação que chegava a 4% do PIB.Não parece restar dúvida que o ordenamento logístico freou desperdícios. Mas não se deve ignorar também que a escalada da logística se deu em paralelo à estabilidade da moeda, que domou o dragão inflacionário. Com a economia estável, as cargas se movimentam com menos desvios entre produção e consumo, dificultando intermediações. Em outras palavras, a inflação favorece os chamados passeios de cargas. Já a estabilidade estimula o refinamento da logística. Nesse ambiente, é natural que proliferem ações de racionalização operacional.Para vencer as adversidades das grandes distâncias de um país de dimensões continentais e da precária infra- estrutura, o setor de transporte teve de ser criativo. Nos últimos anos, por exemplo, houve uma grande mudança no tipo de caminhão usado para transportar grãos. De uma composição com capacidade para 30 toneladas, migrou-se para o chamado bitrem, que leva acima de 40 toneladas. Os resultados são evidentes. Para se movimentar por 2 mil quilômetros a 3 mil quilômetros (distância comum no caso da soja) mil toneladas de grãos, são necessários 25 bitrens ou 35 composições convencionais.O fenômeno do bitrem se deu pela necessidade de reduzir custos logísticos das commodities agrícolas, mas, também, foi influenciado pelo surgimento da competição ao transporte rodoviário - situação que não existiu até o renascimento das ferrovias - após meio século de operação estatal. Além disso, no segmento portuário houve um incremento na eficiência do transporte por cabotagem (realizado entre portos brasileiros ou pontos específicos).
Os números do transporte ferroviário e marítimo são ascendentes. As ferrovias, privatizadas em 1997, em 1999 transportavam 269 milhões de toneladas e, em 2004, tiveram uma performance de 389 milhões de toneladas. A carga marítima, no mesmo período, Gepassou de 436 milhões de toneladas para 571 milhões de toneladas. Estes avanços têm sido conquistados com investimentos privados, com baixa participação do governo na infra-estrutura. Neste capítulo, porém, surge um grande impasse. As empresas que assumiram os serviços alegam, no caso das ferrovias, que investimentos em infra- estrutura não estão incluídos nas suas obrigações. Só concordam em investir em infra-estrutura se esses recursos forem provenientes do que pagam ao governo pelas concessões.
No caso do transporte marítimo, com os mares abertos à navegação, sem necessidade de trilhos e asfalto, o nó que ainda se apresenta nos portos é de mais fácil resolução. Os operadores só pedem aos governos locais que promovam obras mínimas de infra-estrutura nos terminais e na dragagem dos canais para a entrada dos navios.
Operadores privados têm como missão resultados financeiros - e para isso precisam corresponder à eficiência exigida pelos embarcadores. O que se tem notado, no entanto, é que conviver com estrangulamentos impostos pela deficiente infra-estrutura de transportes do País é pedra no sapato no cotidiano de agentes que operam cadeias de suprimentos e distribuição. O problema não começou ontem nem há solução mágica para resolvê-lo amanhã, mas exige enfrentamento consistente e planejado agora.
A maior empresa de logística do País, a Cia. Vale do Rio Doce (CVRD), tem nos últimos três anos colocado seu ativo de transporte - três ferrovias, oito portos, cinco navios - como ferramenta para desatar os nós que se interpõem nos passos da logística. Soluções à la carte passam a ser comuns. Uma delas foi a retirada da inclusão do seu terminal de Vitória, no Espírito Santo, na rota dos serviços regulares da cabotagem para o Mercosul. Como alternativa ao transporte rodoviário, a Vale passou a oferecer aos clientes de Minas Gerais uma solução porta-porto-porta. Ou seja, começa por caminhão, que coleta a mercadoria na fábrica ou depósito do cliente, entrega num terminal ferroviário, passa-a aos vagões da Estrada de Ferro Vitória-Minas, da Vale, e depois aos navios com destino à Argentina.
Toda a complexidade que envolve a logística não deixa dúvidas de que ela é um exercício de criatividade cuja intensidade é proporcional aos desafios que se formam diante da escassez dos investimentos em infra-estrutura. Situação que compromete as exportações, aumenta os custos operacionais e expõe ao risco a economia do País.”
Por Ariverson Feltrin